Movimento e subjetividade
Da revolução na física à revolução no sujeito
Palabras clave:
Revolução científica, Modernidade, Movimento, SujeitoResumen
O intuito deste breve artigo é, à luz da ideia de revolução científica como quebra de paradigmas, exposta por Thomas Kuhn no livro A estrutura das revoluções científicas, traçar em linhas gerais como a mudança conceitual sobre a natureza do movimento, executada por Galileu Galilei na física, implicou no primado da subjetividade na filosofia de Descartes. Desta forma, pretende-se explicitar como uma mudança no paradigma levou à total transformação a forma como vemos o mundo. Para tanto, a bibliografia aqui citada tem como base o Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo de Galileu, no qual aparece um argumento que, para Aristóteles, é garantia incontestável da imobilidade da terra: o argumento da torre. Depois, a partir das Meditações metafísicas de René Descartes, será observado como o argumento do sonho é superado pela dúvida metafísica e como Descartes, após encontrar-se sem nenhum ponto fixo em que pudesse se apoiar, chega ao cogito. Assim, partindo da quebra do paradigma sobre a natureza do movimento, este artigo enseja chegar a essa interiorização radical: o cogito, pensamento central da filosofia moderna e gênese das filosofias que colocam o sujeito como pivô do processo de conhecimento.
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Citas
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