v. 10 n. 2 (2019)

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Nesta segunda edição de 2019, a revista Inquietude tem o prazer de apresentar ao público uma elaborada e importante coletânea de trabalhos que abarcam diversas áreas e séculos da História da Filosofia. No Artigo de Rodrigo Trindade Nascimento, intitulado A base filosófica-científica na formação e desenvolvimento do Círculo de Viena, a filosofia do século XIX é levada em consideração a partir da tematização de questões filosóficas que contribuíram para a consolidação do Círculo de Viena.

O século XIX é ainda contemplado pelo artigo As ilusões e Marx: Um brevíssimo ensaio sobre as implicações do materialismo na formação da teoria social marxiana como não-determinista de Yago Barreto Bezerra, artigo esse em que o autor argumenta contra uma leitura finalista da obra de Marx, recusando, portanto, que Marx tenha reduzido a história humana a um fim necessário, isto é, o comunismo. Ainda no século XIX da História da Filosofia, podemos ler questões concernentes à filosofia da linguagem no escrito de Leonardo Magalde Ferreira, O papel da metáfora em Nietzsche e Bergson, que explora o lugar de destaque que o tema da metáfora ganhou na filosofia de Nietzsche e Bergson, servindo a eles como instrumento para uma crítica da metafísica tradicional e dos poderes representacionais da realidade por parte dos seres humanos, assim como a importância que a metáfora possui do ponto de vista formal da filosofia desses pensadores, na medida em que os possibilitou uma maneira singular de filosofar. Os problemas da filosofia de Nietzsche e, consequentemente, do século XIX, se fazem ainda presentes na resenha Nietzsche e o nietzschianismo: Constelações temáticas da recepção acadêmica da filosofia nietzschiana de Leonardo Camargo da Silva, sobre o livro Nietzscheanismo de Ashley Woodward (2016).

Olhando a História da Filosofia retrospectivamente a partir do século XIX, a Inquietude ainda conta em sua atual coletânea com os artigos de Loryne Viana de Oliveira e de Adriano Sotero Bin. O artigo de Oliveira, Entre o ceticismo e o não- ceticismo: David Hume e o velho Problema da Indução, elucida o desafio introduzido por Hume à epistemologia moderna quando este inaugura o célebre Problema da Indução, e elucida também algumas possíveis leituras céticas e não-céticas desse célebre problema. Além de questões filosóficas dos séculos XVIII e XIX, a presente coletânea oferece às leitoras e aos leitores da Inquietude questões políticas da filosofia de Aristóteles no artigo de Adriano Bin, A philia e a pólis em Aristóteles: Um estímulo à tolerância, que discute os conceitos de amizade e política na filosofia do Estagirita e sua relação com o tema da tolerância, tema este que é tão caro ao atual momento vivido pelo Brasil e ao contexto geral de sociedades contemporâneas em sua pluralidade e diversidade.

Antes de deixarmos vocês, leitoras e leitores, livres para desfrutar da presente coletânea textual oferecida pela Inquietude, um aviso importante. Em 2020, a Revista de estudantes de filosofia da Universidade Federal de Goiás completa dez anos de existência e de publicações que vêm disseminando, a partir da produção filosófica de graduandos, mestrandos e doutorandos, conhecimentos filosóficos imprescindíveis ao desenvolvimento e ao futuro do país. Para comemorar este ano especial, a equipe editorial da Inquietude irá apresentar uma edição especial contendo um dossiê sobre as obras de Marx e Tocqueville, e, além disso, uma entrevista com Heitor Pagliaro, que vem atuando como membro do corpo editorial da revista durante esses dez anos, sobre a história, a importância e o impacto da Inquietude e outras revistas dirigidas por estudantes de filosofia no Brasil.

 

Atenciosamente,

 

A Equipe Editorial da Inquietude.

 

Arthur Brito Neves
Eduardo Emanuel Ferreira Leal

Publicado: 2020-02-18

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