O existir deficiente, “ser é existir?”
Pensando o problema ontológico da verdade em Gottlob Frege na educação inclusiva
Schlagworte:
Identidade, Deficiência, Verdade, Linguagem, Educação inclusivaAbstract
Ser deficiente implica um conceito que tem identidade com diagnóstico médico de um corpo lesionado. Atualmente, por meio dos dispositivos legais, os indivíduos diagnosticados têm, na posse dessa identidade, meio legítimo de garantia para o exercício de seus direitos básicos enquanto cidadãos. Fica assim ao encargo da educação, pelo domínio da transmissão e do aprimoramento desse exercício, a tarefa de acolher a demanda de conhecimento produzido por essas práticas identitárias que, embora extralinguísticas, possuem uma dependência linguística para a transmissão dos seus significados compartilhados. A posse da identidade pelo indivíduo, e não como propriedade do conceito na linguagem dos falantes, oculta o contexto de confronto dos significados que essencializaram o conceito deficiência. O objetivo dessa investigação será mapear o que se é enunciado do conceito deficiência, refletindo tal demanda identitária por uma educação inclusiva. Nesse sentido, ser deficiente é uma declaração de como o mundo deve ser para que um modo de existir deficiente, constantemente substituível, seja incluído. Perguntamo-nos então: “ser é
existir?”. Para o filósofo Gottlob Frege (1848 - 1925), ser não é existir. Na obra Grundlagen der Arithmetik (1884), essa distinção é feita diante do problema ontológico da verdade.
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