A relação entre sentimentos e o estudo da moral
Palavras-chave:
Prazer, Dor, MoralResumo
Em Aristóteles, o prazer pode fazer o homem cometer atos vis, enquanto a dor pode impedi-lo de realizar atos nobres. Por isso, para o autor, é preciso ponderar prazer e dor pelo hábito, de tal modo a tornar-se um homem virtuoso, que sente prazer ao realizar ações nobres. Diferentemente, para Kant, uma ação perde seu valor moral caso seja realizada por causa de alguma inclinação, ou seja, se uma ação foi realizada com prazer, ainda que ela seja correta, ela perde o valor moral. De um lado oposto, temos Mill, que considera moral o que traz felicidade, e a felicidade é gerada pela maximização do prazer e minimização da dor. Ainda que com tratamento diferenciado, estas três correntes relacionam o estudo da moral aos sentimentos, o que consideramos um erro. Defendemos que o certo e o errado devem ser analisados de forma lógica e racional para o atingimento de determinada finalidade, de tal modo que o sentimento gerado pela ação não pode ser capaz de dignificar juízos morais e nem de ser fundamento para a constituição dos mesmos.
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Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Antônio de Castro Caeiro. São Paulo: Atlas, 2009.
BARROCO, Maria Lúcia. Ética: fundamentos sócio-históricos. São Paulo: Cortez, 2008.
HARE, Richard Mervin. Ética: problemas e propostas. Trad. Mário Mascherpe e Cleide Antônia Rapucci. São Paulo: Edunesp, 2003.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido Antônio de Almeida. São Paulo: Barcarolla, 2009.
MILL, Stuart. Utilitarismo. Trad. Rita de Cássia Gondim Neiva. São Paulo: Escala, 2007.
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