A memória no ponto de relação entre sujeito e forma
DOI:
https://doi.org/10.59780/kpam4530Palabras clave:
Memória, Sujeito, Forma, Filosofia, PsicologiaResumen
Nosso objetivo é investigar o conceito de memória no ponto de relação entre sujeito e forma através de um percurso reflexivo começando no escopo da teoria do conhecimento de Berkeley, Locke e Kant – no que convergem quanto à questão da ideia do conhecedor e do sujeito da razão –, passando a dialogar com traços da psicanálise de Lacan, da psicologia de Krishnamurti, da educação para autistas de Deligny e do transumanismo explicado por Flusser. A metodologia parte de uma base filosófica histórica sobre o tema e se desenvolve em aproximações autônomas sobre a questão. Se tradicionalmente as considerações sobre a percepção da forma conduzem à conclusão de que esta é o resultado da repetição, seus limites e significados, ou seja, “memória”, e que o processo de intenção de domínio e fixação da forma, seja do sujeito ou de qualquer outra figura do conhecimento, é estabelecido pelo próprio pensamento, pode-se prever que uma certa reverência à forma expressaria uma rigidez espiritual que se diria análoga a uma antifilosofia no sentido de uma antidúvida. A dúvida, como recusa do pensamento estabelecido, assegura a filosofia como o próprio ser que, embora forje e origine o pensamento e, consequentemente memória, é transcendente a ele. Assim resta à filosofia se furtar ao enrijecimento da memória tendo de lidar com o paradoxo de se haver com ela.
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